domingo, 20 de julho de 2014

Viagem na reticências.
 (Parte 5)

Eu nunca fui muito bom com palavras e, talvez, eu tenha entendido isso tudo muito errado. Eu sei que você sempre teve seus sonhos, de muito deles sei de cor e salteado, de trás para frente e, até mesmo, de ponta cabeça, pois acabam sendo tão  complicados quanto você. Um quebra-cabeça, repleto de emoções das quais muitas, eu sempre tive vontade de desvendar, participar e compartilhar. Talvez você não se lembre, afinal, foram mais de cinco anos (Cinco anos e sete meses, para ser mais exato) dos quais vivemos para desvendar o mundo juntos. Mas, tudo bem, uma certa vez, conversamos sobre isso. Estávamos viajando pela primeira vez para um estado distante, para a casa da tia-avó de sua mãe, que completará naquela época, seus cento e poucos anos. Especificamente, estávamos sentados em uma dessas redes feitas de palhas, embaixo de uma árvore e próximo ao jardim ainda florido e bem cultivado da boa velhinha, quando chegamos a conclusão de que ela havia vivido demais e, provavelmente, era a pessoa mais experiente do mundo. Lembro que entramos em uma pequena discussão sobre aquilo não ser de fato verdade, pois, apesar da idade, ela nunca havia experimentado outros meios. Havia viajado uma vez ou outra, mas nunca para fora do país, vivenciado uma cultura diferente, uma maneira de viver diferente. Você ficou tão horrorizada ao se dar conta daquilo que chegou a ser engraçado, enquanto eu, mais pé no chão talvez, achei que a simplicidade da vida dela, havia sido de fato, o maior conhecimento que ela adquirira e que isso, nenhuma cultura diferente poderia proporcionar. Só lá pelo meio da noite, enquanto caminhávamos pelo píer próximo do rio da casa da Vó Irene (Nesse momento, a boa velhinha já havia me obrigado a chamá-la de avó), que chegamos à compatível conclusão de que da maneira dela, ela não poderia ter tido uma vida melhor. Aquilo era o que o destino havia reservado para ela e ela, com uma boa educação e humildade, havia aceitado de bom grado. Eu costumo me lembrar sempre desse momento, pois, para mim, foi onde vi que éramos legendários juntos. Você, tão oposta de mim, com pensamentos tão diferentes e, muitas vezes até mesmo revolucionários, conseguia de alguma forma, se encaixar tão perfeitamente em mim, como A+B. É por isso que hoje, venho aqui dizer, que estou realmente surpreso com tudo isso. A simplicidade de vida da sua tia-avó era perfeita para mim, mas nunca pensei que fosse perfeita para você e eu estava OK com tudo isso. Eu estava e sempre estive disposto a mudar por você. E eu mudei, de fato. Estava disposto a colocar no meio dessa "regra" de casamento, filhos e ponto final, uma enorme e maravilhosa reticências onde deveria conter muita história, muitas viagens, um turbilhão de sensações enquanto desvendávamos o mundo juntos. Você não consegue entender? O momento em que pedi você em casamento, foi o momento em que eu estava disposto a enfrentar o mundo por você. Era para ser, apenas, o começo da nossa vida. O começo da nossa história. O começo de uma história tão incrível mas que infelizmente foi bruscamente abortada antes mesmo de tomar fôlego para começar. Ainda assim, eu te desejo toda a sorte do mundo. Que você consiga alcançar o seu maior sonho, que você consiga ser puramente feliz e que brilhe na vida de muitas pessoas, assim como brilhou na minha. Nunca deixe sua luz apagar, alguém irá precisar dela, assim como um dia eu precisei e que, agora, eu já não preciso mais. 


(continua)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Hey, pessoas! Cá estou eu de volta (Sinos tocando em comemoração). Mas, não muito feliz, por motivos de: Domingo (13/07) fez um ano que o Cory Morreu. Todo mundo sabe que eu sou uma super fã de Glee, sem vergonha alguma de admitir, e, cara, eu juro que foi (e ainda é) uma das coisas mais sofridas e tristes da minha vida. Lembro que estava tranquila no twitter, quase dormindo, quando começou a surgir os boatos. Foi tão desesperador e, ao mesmo tempo, surreal. Primeiro porque sempre tem boatos de morte por aí, e segundo que: ok, é o Cory, gente, nunca aconteceria algo com ele! Mas aconteceu. O mundo perdeu um dos sorrisos mais lindos. Uma das almas mais boas. Uma das pessoas mais gracinhas, carinhosas, bondosas, humildes e lutadoras do mundo. Quem conhece a história dele mais à fundo, sabe o quanto ele deu duro para chegar onde chegou e o quanto ele fazia por pessoas que ele nem se quer conhecia. Até agora é difícil de acreditar. Juro que, bem lá no fundo, eu ainda fico imaginando que, sei lá, ele vai surgir do nada e falar que era tudo mentira. É muito difícil perder alguém jovem. Alguém que eu, assim como muita gente por aí, sonhava em conhecer e abraçar. Alguém que todo mundo sabia que fazia o mundo ser melhor. 
Acho que quando aquilo aconteceu, muita gente se apegou à algo. Eu me apeguei MUITO à essa música. Ela já era uma das minhas favoritas, mas, para mim, teve todo um significado especial depois disso. Eu simplesmente não consigo ficar muito tempo sem ver/ouvir. Não tem como não se emocionar. 
I thought that I heard you laughing, I thought that I heard you sing. 
think I thought I saw you try.

I miss you and I miss your smile, angel.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Hello!



Gente, ninguém sabe o quão animada eu estou com esse blog! É ótimo, a melhor sensação do mundo poder postar e ler os comentários de todo mundo aqui. Por isso, estou aqui, desesperada e bravinha com a vida. Todas férias, basicamente, eu sofro do carma de ter o computador bugado. Adivinhem só? Nessas férias não foi diferente! Só que pra piorar, dessa vez, meu computador morreu de vez, faleceu e não quer mais voltar pra vida, hehehe. Portanto, só vim aqui deixar claro que isso daqui não está abandonado. Só preciso de um tempinho pra resolver esse pequeno probleminha que o universo resolveu me arrumar. ): Enquanto isso, estou tentando arrumar um jeito de postar pelo celular ou algo do tipo, apesar de eu ser muito lenta pra essa tecnologia toda! ): Mãããas já já estou de volta! Uma semaninha, no máximo, hahaha.
Para não perder o ritmo, resolvi fazer uma listinha de coisas que eu faço quando me encontro em uma situação como essa. Principalmente agora, com as férias! Não posso desanimar, né? Hahaha.
1) Ler muitos livros! Estou aproveitando para ler meus livros da wishlist e até reler alguns que eu adoro. Aguardem muitas resenhas por aqui, hehe.
2) Tem momento mais perfeito para assistir séries do que agora, nas férias? Estou tirando o atraso de várias! Valeu aí, app do netflix! Nunca me foi tão útil.
3) Exercícios! Graças à falta do computador, resolvi levantar a bunda da cadeira, vejam só! Meu cachorro agradece os passeios, hahaha.
4) Sair muito com os amigos. Até porque: VAI TER MUITA COPA SIIIIM!
5) Repaginada. Já fiz minhas unhas, hidratei meu cabelo e até mudei de quarto! Sintam meu desespero em ficar sem fazer nada, hahaha. 

Bem, essas são algumas das coisas que eu ando fazendo por aqui, enquanto fico sem muito contato com a vida virtual, hahaha. No final das contas é até bom, não é? Curtindo a vida de diversas maneiras! O importante é não desanimar, certo? Então, energias positivas, please. *-*
Beeeijos! <333

Ps: Gente, não sei editar texto pelo celular. Tenho um piti por não deixar o post alinhado, mas não sei como fazer. ): Aceito ajuda, dicas e sugestões, pfvr. 

UPDATE: I'M BACK, BITCHES! E arrumei o post, porque ninguém merece, hehe.  

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Nome: Princesa Adormecida
Autora: Paula Pimenta
Tipo de escrita: Primeira pessoa
Número de páginas: 184
Nota: 8 (Achei que faltou história)

Quote: "De tanto viver enclausurada, você criou um mundo paralelo na sua imaginação e acha que a vida é um livro de princesas. Pois saiba que a realidade é diferente. Não existem príncipes destinados para nós desde o nascimento, nem bruxas malvadas, muito menos fadinhas para realizarem nossos sonhos. Na vida real, são os amigos que nos ajudam a conseguir o que queremos. Que nos dão força. Que salvam nossa pele nas épocas difíceis. É uma pena que você não saiba disso."


Eu sempre amei a Paula Pimenta, assim como sempre amei contos de fadas. Sou sim, uma amante dos romances mais "menininhas" possíveis, então, não é surpresa nenhuma que eu tenha ficado simplesmente eufórica quando soube sobre o lançamento desse livro (Para falar a verdade, eu SEMPRE fico eufórica pelos lançamentos da Paula, mas isso é só um detalhe, hahaha). Contei os meses, os dias, as horas, os minutos e, até mesmo, os segundos, para, por fim, conseguir ter o livro em mãos. E agora, cá estou eu! hahaha


Para começar, engane-se quem pensa que a história começa com uma paisagem toda enfeitada, mágica e surreal. Não, não. Nossa princesinha está, na verdade, bem pertinho da gente. Mais precisamente, no Rio de Janeiro, toda linda, bela e formosa, falando português e tudo mais! Sua vida é pacatamente normal, às vezes em conflitos internos sobre suas memórias da infância, mas, nada que a afete de fato. Ela consegue, sem maiores problemas, ser uma pessoa feliz e amável. Morando aos finais de semana com seus três tios, Florindo, Fausto e Petronio, Áurea... Ou melhor, Anna Rosa, tem uma vida bastante dedicada aos estudos quando está no colégio interno. As coisas fluem perfeitamente bem, até que, no seu aniversário de 16 anos, suas amigas resolvem dar um presente especial para ela. O tal presente especial, não podia vir em tão boa hora. Ou podia? Bem, com um final feliz ou não, esse acontecimento é o que dá início a toda aventura e confusão de Áurea. Em primeiro lugar, por seus tios que ficam super irritados. Em segundo, por um garoto misterioso que começa a conversar com ela por mensagens de celular. Garoto cujo qual, ela nunca sonhou em ver na vida. Ou será que sonhou? Ok, isso você terá que descobrir por si só, hahaha. O fato é que, com esse garoto, vem de brinde muitas outras coisas que já estavam apagadas de sua memória. Uma "nova vida antiga", regada de muita angustia, saudade e, é claro, maldade. Maldade está que teve o poder de virar sua vida de cabeça para baixo e que, agora, mais forte do que nunca, tem o poder de, além de tudo, simplesmente acabar com sua vida. Assim, na lata mesmo. No sentido literal da coisa.  Entre a vida e a morte, Áurea terá que ter um psicológico de ferro para aguentar todas as emoções e surpresas que ficaram escondidas debaixo de 7 chaves durante muito tempo, antes de, por fim, ganhar o seu merecido final feliz. Final feliz que, é claro, virá regado de muita magia e fofura, de uma forma que só Paula Pimenta sabe fazer! E, é claro, faz muito bem. 

O que eu achei: Obviamente, Princesa adormecida, por ser uma releitura dos clássicos da Disney, me surpreendeu muito. Mas confesso, não achei uma das histórias mais incríveis da Paula. Acho que faltou detalhes em algumas partes e sobrou detalhes em outras. Houveram partes em que eu desejei que tivesse mais história, saber mais sobre determinados assuntos, me sentir mais aprofundada na trama como um todo. No fim, cheguei a conclusão de que, talvez, tenha sido essa a intenção mesmo. Uma releitura bem rápida da história. Foram quatro horas de leitura, interruptas, emocionantes, contagiantes, sempre com sabor de "quero mais". Apesar de ter desejado, durante todo o livro, mais conteúdo, foi impossível larga-lo antes de seu final. Foi impossível, até mesmo, não desejar uma continuação.

Sinopse: "Era uma vez uma princesa... Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida. Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única. Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim..." - Por Skoob

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